sexta-feira, 30 de abril de 2010

Educação em Xeque

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A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que aconteceu ontem em Brasília, discutiu, entre outros assuntos, a qualidade da educação brasileira.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de crianças entre 4 e 17 anos matriculados nas escolas de todo o Brasil é hoje de 91,4%.
Um aumento de cerca de 11% em comparação aos índices da década de 1980. Porém, este crescimento não se refletiu em aumento da qualidade da educação, o que tem preocupado especialistas da área.

O problema ocorre por diversos fatores, como a perpetuação das desigualdades socioculturais, salas de aula superlotadas, baixa qualificação docente, baixos salários, problemas de gestão, falta de direcionamento adequado das verbas públicas, entre muitos outros. 

Diante do quadro atual, o que podemos concluir é que a educação tem sido o centro das promessas de campanhas eleitorais, mas na prática, pouca coisa tem sido feita para mudar a estrutura educacional do país. Não basta "criar" ou mesmo "copiar" medidas superficiais, que não vão resultar na transformação que precisamos.

Algumas medidas merecem reconhecimento, mas ainda falta acompanhamento, orientação. Muitas delas são perfeitas no papel, porém, de perto, a coisa não sai bem como o planejado.

Enquanto milhões de estudantes continuam "avançando" de série sem ter os conhecimentos básicos necessários à continuidade dos estudos, o faz de conta vai permanecer. 

Cuidado com as estatísticas! Por trás dos números, algumas vezes pode haver uma realidade bem diferente. Pode ter certeza de que isso interessa a muita gente, menos a quem se preocupa de verdade com o futuro das crianças e adolescentes que têm sido vítimas de atrocidades todos os dias, sendo lesadas, ludibriadas, em nome de um falso progresso, de um status internacional, que coloca prestígio e dinheiro acima das pessoas. (Veja na matéria publicada pela Folha de São Paulo, um exemplo de como a interpretação dos números pode mudar o resultado de uma análise).

Por outro lado, eles podem ser um referencial de bons exemplos. Daí a importância de conhecer os projetos educacionais de perto. Foi o que a repórter Bruna Nicolielo, do movimento Educar para Crescer, fez. Ela foi visitar a escola brasileira com maior pontuação no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) para descobrir o segredo de tamanho sucesso. A Escola Professora Elisabeth Maria Cavaretto de Almeida alcançou nota 8,6, enquanto a média nacional é de 4,2. Para ler a reportagem clique aqui .

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